terça-feira, junho 12, 2018

VEJA A FARRA QUE FAZEM COM O SEU DINHEIRO

Desde que o governo mudou a política de preços da Petrobras, a população pede uma solução.


Brasileiro sofre para arcar com uma carga tributária alta, mas o Estado continua gastando como sempre.
O brasileiro está acostumado a ouvir que o governo não tem dinheiro para atender às demandas da população em função do teto de gastos ou do déficit fiscal. Traduzindo o economês: o Brasil vai fechar o ano no vermelho, já tem uma dívida enorme, e não pode gastar mais com nada.
É o caso do subsídio à gasolina. Desde que o governo mudou a política de preços da Petrobras, a população pede uma solução. Nesta semana, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, já disse que o governo sequer discute um subsídio porque não há espaço no orçamento. Ou seja, não tem de onde tirar o dinheiro.
Mas, enquanto o brasileiro faz acrobacias com o próprio orçamento para fechar as contas do mês com combustível em alta impactando nos preços de tudo, Câmaras, Assembleias e tribunais pelo País aprovam gastos nababescos. Nesta semana, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) publicou um edital que prevê gastos de até R$ 102,6 mil com a compra de material de "reabilitação fisioterápica" para seus servidores. Os R$ 100 mil podem ser pouco dentro do orçamento do País. Mas vamos lembrar que a previsão de rombo para esse ano é de R$ 159 bilhões. Ou seja, deveríamos estar economizando até no papel higiênico
Mas não. Os gastos do TSE preveem a compra até de um tanque de reabilitação para atender, veja só, 879 servidores ativos. Outros tribunais, de acordo com matéria do Estadão Conteúdo, têm, a exemplo do TSE, seções de fisioterapia em suas instalações. No STF, há três consultórios de atendimento aos servidores. Quatro fisioterapeutas atuam no local e o salário médio de cada profissional é de R$ 16.957,90, salário muito acima do mercado. Já com os equipamentos, o tribunal gasta R$ 31,9 mil em manutenção.
E a farra com o dinheiro público não se restringe às mais altas cortes do País. A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou, no final de maio, bônus de R$ 16 mil para servidores. É o velho jeitinho para burlar o teto constitucional de salários no Brasil. As gratificações não são consideradas no cálculo do teto do funcionalismo público e, na prática, os servidores receberão remunerações de até R$ 40 mil. Já a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou ontem aumento de servidores que custará R$ 1 bi aos cofres do Estado. A votação permitiu que auditores ganhem além do teto do Estado, que era de R$ 21,8 mil mensais e passou para R$ 33 mil.
Não faz sentido. O dinheiro público, independente se dos Estados ou da União, deveria ser tratado com a maior parcimônia por ser de todos os brasileiros. Mas não é o que acontece no Brasil. Aqui quando a farinha é pouca, meu pirão primeiro. FonteColuna do Fraga.

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