Serão avaliadas por exemplo questões de infraestrutura e formação dos professores.
A educação infantil será avaliada pela primeira vez no ano que vem pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Atualmente, as avaliações nacionais são aplicadas apenas a partir do ensino
fundamental. Ao contrário das outras etapas, as crianças das creches e
pré-escolas não terão que fazer nenhuma prova. A avaliação será por meio de
questionários aplicados a professores, dirigentes e equipe escolar.
Serão
avaliadas por exemplo questões de infraestrutura e formação dos professores. As
escolas serão bem ou mal avaliadas se ofertarem as condições necessárias para o
desenvolvimento das crianças. Entram no cálculo, entre outras questões, a
oferta de brinquedos. O anúncio foi feito hoje (28), pelo ministro da Educação,
Rossieli Soares.
Serão
avaliadas por exemplo questões de infraestrutura e formação dos professores
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“Aumentamos
o acesso e não conseguimos olhar para os fatores de qualidade de qual educação
está sendo entregue nas creches e na educação infantil”, diz. O Brasil tem hoje
segundo o Inep, cerca de 32% das crianças de até 3 anos matriculadas em creches
e 91,5% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas em pré-escolas.
O
ministro diz que a intenção é que os pais e responsáveis das crianças também
possam fazer parte da avaliação. A expectativa é que isso ocorra a partir de
2021.
Além
da avaliação da educação infantil, o Inep vai reformular o sistema de avaliação
de toda a educação básica. Os diversos nomes das provas: Prova Brasil,
Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), entre outras, deixarão de existir e
todas as avaliações são identificadas como etapas do Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Saeb). Ao todo, o sistema terá seis etapas de avaliação:
creche, pré-escola, 2º ano do ensino fundamental, 5º ano do ensino fundamental,
9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio.
Todas
as avaliações, incluindo a da educação infantil serão feitas de dois em dois
anos, sempre nos anos ímpares. Os resultados serão divulgados nos anos pares.
As mudanças passam a valer em 2019.
Alfabetização
antecipada
A
ANA, aplicada no 3º ano do ensino fundamental deixará de existir. Agora os
estudantes serão avaliados no 2º ano, geralmente com 7 anos, sobre o que
aprenderam em língua portuguesa e matemática. A primeira prova será no ano que
vem. A mudança ocorre para adequar a avaliação à Base Nacional Comum Curricular
do ensino infantil e fundamental (BNCC), homologada pelo MEC no final do ano
passado. A Base estabelece os conteúdos mínimos que deverão ser ensinados em
todas as escolas do país.
Pela
Base, as crianças, em todo o país, deverão ter acesso desde cedo a conteúdos de
português e matemática. Até o 2º ano do ensino fundamental, os estudantes
deverão ser capazes de ler e escrever. Além disso, aprenderão conteúdos de
estatística e probabilidade.
“A
BNCC puxou a alfabetização para o 2º ano e, agora com a avaliação desse ano
teremos indicadores”, diz o presidente da União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima. Os municípios são os
principais responsáveis pela oferta de educação infantil e fundamental. Lima
também elogiou a inclusão da educação infantil no sistema de avaliações e disse
que essa é uma demanda antiga dos dirigentes e que vem sendo discutida há anos.