Trabalhadores dos mais diversos setores da
Prefeitura de Ilhéus foram às ruas na tarde desta quinta-feira (18) em sinal de
protesto contra a mudança de regime jurídico, que passou de CLT para
estatutário, e em defesa da discussão democrática do estatuto do servidor. O
ato público foi realizado na praça Dom Eduardo, em frente a Catedral de São
Sebastião, contando com a participação de trabalhadores ligados ao Sindicato
dos Servidores Públicos de Ilhéus (Sinsepi), a APPI/APLB-Sindicato, o
Sindguarda, o Sindiacs, o Sindatran e o SIGMI. O evento contou ainda com o
apoio da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Força Sindical e União
Geral dos Trabalhadores (UGT).
Durante o movimento a presidente da
APPI/APLB-Sindicato, Enilda Mendonça, denunciou a forma com foi realizada a
votação e publicação da lei municipal 3.654/2013 que cria o regime estatutário
dos servidores públicos, considerando como mais um golpe do governo municipal
contra os trabalhadores. De acordo com a líder sindical, os servidores precisam
estar cada vez mais unidos e vigilantes para evitar que novos golpes sejam
praticados, causando prejuízos para os trabalhadores. Ela explicou que, além da
mudança de regime sem ouvir os trabalhadores, o governo municipal já aplicou
outro golpe que foi o calote nos direitos dos servidores, deixando de depositar
o FGTS.
Enilda Mendonça informou ainda que os
trabalhadores vão exigir que o estatuto dos servidores seja amplamente
discutido com todas as categorias, já que vai afetar diretamente a vida, o
trabalho e os direitos de mais de quatro mil trabalhadores. “Os sindicatos de todas as categorias
de servidores públicos municipais não aceitarão, em nenhuma hipótese, que o
estatuto seja elaborado sem uma participação efetiva e atuante dos
representantes dos trabalhadores. Não queremos apenas ser consultados ou
simplesmente ouvidos, como propõe o governo municipal. Iremos discutir, propor,
opinar e elaborar em conjunto um estatuto que venha a refletir os reais
interesses dos servidores públicos municipais”, complementou a presidente da
APPI.
O presidente do Sinsepi, Luis Carlos Machado,
também conclamou todos os trabalhadores para que estejam unidos nessa luta em
defesa da discussão ampla do estatuto. Ele informou ainda que não são
verdadeiras as afirmações do prefeito Jabes Ribeiro quando disse que a mudança
do estatuto foi uma proposta do Sinsepi e que discutiu o projeto com os
trabalhadores. De acordo com Luiz Machado, em nenhum momento se reuniu com o
governo municipal para tratar de mudança de regime jurídico e que o projeto do
prefeito foi colocado para aprovação de forma unilateral, antidemocrática e sem
abrir o debate com os trabalhadores.
Representantes do Sindguarda, do Sindiacs, do
Sindatran e do SIGMI também usaram a palavra e reafirmaram que jamais foram
consultados pelo governo municipal sobre a discussão da mudança de regime. Eles
garantiram que os sindicatos e os trabalhadores e sindicatos estão juntos nessa
luta e não vai aceitar que o governo municipal venha a adotar mais ações que
tragam prejuízos para os servidores.
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