No Japão e na Finlândia, porcentual chega é de 70%.
No
Brasil, apenas 10% dos jovens entre 15 e 17 anos recebem educação
técnico-profissional. No Japão, são 70%, o mesmo índice da Finlândia. Na
Áustria, são 76%. “É preciso mudar a matriz, ver a educação como fator
principal da competitividade”, disse o diretor-geral do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi.
A
preparação dos trabalhadores para atuar em um modo de produção diferente do
atual é o principal obstáculo para o Brasil embarcar na onda da indústria 4.0.
Enquanto algumas profissões devem ser extintas, outras vão exigir um tipo
diferente de formação e de treinamento, sem necessariamente a obrigatoriedade
de uma faculdade.
Dados
do Ministério do Trabalho mostram que o profissional de nível técnico pode
alcançar uma remuneração até maior do que a de determinadas áreas que exigem
formação superior, como jornalismo e economia. Profissionais técnicos de áreas
como eletromecânica, química e energia com um ano de casa ganham na faixa de R$
7,2 mil, segundo o Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério
do Trabalho, base de 2016. Trabalhadores com dez anos de experiência atingem
salários de R$ 10 mil.
A
edição deste ano da Olimpíada do Conhecimento, que ocorrerá na capital federal
entre 5 e 8 de julho, vai tentar chamar a atenção dos pré-candidatos à
presidência da República para essa realidade. A exposição terá um espaço
chamado “Escola do Futuro”, espaço para debater a indústria 4.0 e as tendências
do mundo do trabalho.
Durante
a Olimpíada, serão realizadas seletivas para o WorldSkills, competição
mundial de competências técnicas. A etapa mundial será realizada em Kazan, na
Rússia, em 2019. O objetivo da delegação brasileira é repetir o feito de 2015,
quando ficou em 1º lugar geral.
Fonte: Estado de São Paulo.
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