Fazer esse empréstimo para antecipar o 13º salário só vale a pena em algumas situações.
A
primeira parcela do 13º salário de aposentados vai ser liberada neste mês. Se
você ficou com vontade de pegar o seu 13º também, mas não é aposentado, os
bancos antecipam o dinheiro para você.
Só
que isso não é de graça: é um empréstimo, e você paga juros por isso. Quer
dizer que, na prática, o seu 13º vai ficar menor (porque terá de pagar juros).
Esse
recurso é para ser usado só em emergências ou para pagar dívidas mais caras.
Não deve ser usado para consumir mais. E é preciso ter um planejamento, senão
corre o risco de ficar devendo mais ainda, advertem especialistas.
Comparados
a outras modalidades, os juros do adiantamento do 13º são mais baixos e só
perdem para o crédito consignado.
As
taxas de juros mínimas cobradas na modalidade variam de 1,99% a 3,19% ao mês,
enquanto as taxas do crédito consignado para servidores públicos variam de
1,61% a 2,4% ao mês. O consignado privado, oferecido por muitas empresas, tem
taxas que saem de 2,33% a 3,11% ao mês.
Esses
juros passam bem longe daqueles cobrados pelo rotativo do cartão de crédito,
cheque especial ou até mesmo do crédito pessoal. O cheque especial chega quase
a 15%, por exemplo
Selic
baixou, mas bancos ainda cobram muitos juros
“Considerando
o contexto econômico e analisando estritamente sob o ponto de vista do
endividamento da população, é possível que, no geral, a antecipação do 13º
salário esteja entre as melhores opções de crédito”, declarou Filipe Pires, professor
de finanças do Ibmec-RJ.
De
acordo com o professor, embora a taxa básica de juros, a Selic, esteja em seu
menor patamar histórico, de 6,5% ao ano, a redução ainda não chegou às linhas
de crédito. Isso porque o endividamento da população ainda está em patamares
elevados. Segundo dados da Confederação Nacional de Comércio (CNC), 59,6% das
famílias estavam endividadas em julho.
Quando
o empréstimo do 13º salário vale a pena?
Fazer
esse empréstimo para antecipar o 13º salário só vale a pena em algumas
situações. A troca de dívidas é a principal delas. Pegar um empréstimo com
juros menores para pagar uma dívida de juros maiores, como as do cartão de
crédito ou cheque especial, é a estratégia mais adequada.
Cartão
de crédito e cheque especial representam mais de 80% das dívidas das famílias,
segundo dados da CNC. “Boa parte dessas dívidas tem valores que variam
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