Excesso de aulas e de turmas prejudica a qualidade do ensino.
Uma
pesquisa do Movimento Todos pela
Educação identificou que, 29% dos
docentes da educação básica (do ensino infantil ao médio) exercem outras
atividades, além de atuar nos colégios, para complementar a renda.
Na
rede privada, 38% recorrem ao “bico”. O porcentual é superior aos do sistema
público - 22% nas redes municipais e 30% nas estaduais, segundo levantamento do
Todos pela Educação com mais de 2 mil professores de todas as capitais do País,
de março a maio deste ano. A maior parte dos
professores não desenvolve atividades relacionadas à educação, mas a comércio,
produções artísticas e prestação de serviços.
O
professor, ao ter de realizar “bico”
para complementar a renda, tem menos tempo disponível para as atividades
ligadas à docência, como preparação de aulas, correção de atividades e cursos de
especialização e formação.
Não
podemos esquecer que professores são profissionais com ensino superior
completo, têm demandas de consumo mais sofisticadas, o que se reflete em sala
de aula, em um ensino de qualidade.
O Ministério da Educação (MEC) diz que a gestão da educação básica é de
responsabilidade de Estados e Municípios, que organizam as redes, contratam e
pagam docentes. Ainda informou que é papel do MEC divulgar “o piso nacional
docente a cada ano, bem como o repasse de 10% da complementação do Fundeb (fundo da educação básica)” para
pagar esse mínimo. O piso para a categoria da rede pública em 2018, previsto em
lei, é de R$ 2.455,35 para 40 horas semanais.
Especialistas
dizem que o excesso de aulas e turmas prejudica a qualidade do ensino, uma vez
que o professor tem menos tempo para preparar novos materiais, diferentes
metodologias e fazer cursos de formação. Uma triste realidade da educação, num sentido amplo da questão, para o nosso país.
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