O governo federal divulgou a proposta de orçamento federal para o ano de 2011, que prevê aumento de salário para janeiro. Mas não é aquele aumento que a população espera. Foi proposto um salário mínino de R$ 538,15 com reajuste apenas da inflação do período de 2010.
Por causa disso, as centrais sindicais já estão fazendo barulho e deverá provocar ampla discussão no Congresso. Pela fórmula atual, o salário mínimo é reajustado pela inflação do ano anterior e mais o PIB de dois anos antes. No caso de 2011, seria considerado o PIB de 2009, que foi negativo, assim o governo dará a correção apenas pela taxa inflacionária.
Cabe agora ao novo governo eleito, no mês de outubro, negociar com as centrais sindicais e os parlamentares. Os sindicatos lutam pelo reajuste do salário mínino baseado no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) mais a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disto, a correção da aposentadoria com valores acima do piso seja a inflação mais 80% do PIB.
O governo de Luis Inácio Lula da Silva, nos últimos anos, concedeu reajustes um pouco acima do proposto no orçamento federal. Se hoje o salário está em R$ 510,00, as forças sindicais querem pelo menos o mínino de R$ 550,00, mas o governo deve iniciar as negociações com proposta de R$ 538,50 ou arredondando para R$ 540,00.
A proposta do orçamento foi defendida pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "O salário mínimo está cumprindo a mesma regra dos anos anteriores: inflação mais aumento real correspondente ao aumento do PIB. Todos sabem que o PIB do ano passado não teve crescimento. Entregamos com o valor previsto."
O único detalhe é que este aumento custará aos cofres públicos R$1,46 bilhão. De acordo com o governo federal, a cada um real de aumento no salário, por conta dos reajustes dos benefícios previdenciários, além do abono e seguro-desemprego, o impacto é de R$ 286 milhões.
Letícia Dias
Vamos esperar que haja uma melhora na economia do Brasil até o fim de 2011. É o Brasil na busca por uma qualidade de vida melhor para a população.
Letícia Dias
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