Sindicalistas saíram dizendo que topam discutir, mas não
aceitam mudanças como o aumento da idade mínima para a aposentadoria.
O governo abriu negociação com as centrais sindicais, que não aceitam a criação
de uma idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores. Os dois lados não
concordam em muita coisa.
Esse encontro, pelo menos, teve o mérito de enfrentar o problema, porque a
gente sabe que essa reforma é fundamental para conter o rombo da Previdência.
Essa conta não fecha há muito tempo e o problema vem se agravando com o aumento
da expectativa de vida do brasileiro. As resistências são fortes, a CUT nem
quis participar da reunião com o governo, mas quatro centrais sindicais
aceitaram fazer parte de um grupo para apresentar uma proposta de reforma.
O governo do presidente em exercício Michel Temer agora tem duas mulheres em
cargos importantes. Maria Sílvia Bastos Marques vai presidir o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social. O BNDES é o principal financiador da
indústria nacional, que empresta recursos para grandes obras e projetos de
infraestrutura. A economista já foi diretora da Companhia Siderúrgica Nacional
e do próprio BNDES e vai ser a primeira mulher a comandar o banco.
E bem no meio das inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem,
instituto responsável pelo exame, Inep, ganhou nova presidente. Vai ser a
doutora em educação e pesquisadora da Unicamp Maria Inês Fini. Ela ajudou a
criar e implementar o Enem quando foi diretora do instituto entre 1996 e 2002.
Os dois nomes são respeitados entre especialistas dos setores e também serviram
como resposta às críticas que foram feitas à ausência de mulheres no ministério
do presidente em exercício Michel Temer. E outra indicação ainda pode
sair nos próximos dias para a Secretaria de Cultura. O ministro da Educação e
Cultura, Mendonça Filho, disse que o governo analisa pelo menos cinco indicações.
Duas delas. de peso, são de mulheres.
Já as discussões sobre a reforma da previdência caminham, mas não tão bem. Pelo
menos não com os sindicalistas que foram, na segunda-feira (16), ao Palácio do
Planalto. Representantes de quatro centrais convidadas participaram da reunião
e toparam criar um grupo de trabalho para discutir a reforma. Nesse primeiro
encontro, ninguém falou em detalhes da proposta em estudo. Os sindicalistas
saíram dizendo que topam discutir, mas não aceitam mudanças como o aumento da idade
mínima para a aposentadoria, um item que é considerado essencial para ajudar a
estancar o rombo nas contas da Previdência.
“Diálogo sempre é importante. Precisamos construir uma forma de solucionar os
problemas do Brasil. Agora, temos muitas outras coisas aí. Tem alguns dizendo
que não querem pagar o pato. Nós não queremos pagar a conta”, afirma Antônio
Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros.
O deputado Paulinho, da Força Sindical, que apoia o governo em exercício, diz
que só aceita discutir mudança de regra se for para os futuros trabalhadores,
não para os atuais.
“A Previdência a gente discute desde 94. E desde 94 não se achou nenhuma
solução até hoje. Direitos adquiridos não podem ser mexidos, nós não
aceitaremos nenhuma condição que tire direito de quem está no mercado de
trabalho, ou seja, quem está no sistema tem que ser mantido exatamente como é”,
declara o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical e do
Solidariedade.
O déficit da Previdência este ano deve chegar a R$ 133 bilhões. Sem reforma, o
sistema está ficando insustentável.
Fonte:Central Força Sindical
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