É com extrema
tristeza, dor e lamento que informamos o falecimento de Nair Goulart, 65 anos,
presidente da Força Sindical Bahia, que vinha lutando contra o câncer há seis
anos. O óbito ocorreu hoje (07), às 08h14, no hospital da Bahia.
Nair será
enterrada no cemitério Jardim da Saudade, amanhã (08), às 10h30. Prestamos
solidariedade à família, amigos, amigas, sindicalistas, além de todos que
conheceram essa grande líder sindical.
História
Nascida em
1951, na cidade de Dores do Indaiá, no estado de Minas Gerais, começou a
trabalhar ainda cedo para contribuir com a renda da família; aos 12 anos já
trabalhava como doméstica. Heroica, com suas bandeiras, ideais, convicções e
vontades, Nair trilhou uma bela história. Foi perseguida durante o regime
militar, mas não desistiu de lutar pela democracia. Participou ativamente da
luta por mais direitos e melhores salários para os trabalhadores.
Nair chegou à
Bahia no ano de 2000. A lealdade e a garra foram determinantes para que
ela viesse organizar a Força Sindical. O estado tinha o maior índice de
desemprego do Brasil.
Uma das mais
ativas e coerentes lideranças do movimento sindical nacional e internacional,
Nair foi presidente Adjunta da Confederação Sindical Internacional (CSI),
membro do Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho,
OIT, e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(CNDES). Na Bahia, fez parte do Comitê Gestor da Agenda Bahia de Trabalho
Decente e compôs o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, CODES- BA.
Feminista,
participou de diversas lutas em defesa dos Direitos Fundamentais das mulheres
trabalhadoras brasileiras e do mundo. Em 1991, no Congresso de Fundação da
Força Sindical Nacional, foi eleita Secretária Nacional de Politicas para as
Mulheres; iniciou um trabalho organizativo com as mulheres metalúrgicas
participando da Comissão Organizadora do 1º Congresso das Mulheres Metalúrgicas
de São Paulo, além de ter sido Conselheira Nacional dos Direitos da Mulher.
Nair foi mais
do que uma sindicalista. Mãe, avó, amiga, querida por todos que a rodeavam, foi
uma militante que sempre teve uma ligação permanente com as mais diversas
organizações sociais. Nair será eternamente um exemplo de dignidade, solidariedade,
de compromisso com a coletividade e com os trabalhadores.
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